Messias transporta defuntos e
isso não mais traz estranhamento.
Necessário que alguém o faça,
Messias responde espantado,
ao ouvir o pio lamuriento.
Às suas costas as negras aves
crocitam sobre as carpideiras,
aguardam a alma errante
desfazer-se das negras teias.
As lápides à sua frente
indicam o fim da jornada.
Messias deposita o fardo,
desse destino já está cansado.
Queria voltar à estrada,
encontrar Helena e namorar.
Mas seus pés perderam o rumo,
suas mãos perderam o calor
e Helena, Messias já transportou.
sexta-feira, 9 de abril de 2010
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