Elias, um praticante de pirofagia,
doce e triste alma infantil a ferro forjada.
Quando criança, ser um dragão ele queria,
mas, cedo descobriu, seu querer não vale nada.
De pai e mãe nunca conheceu a identidade.
Nunca teve amor na vida pra sentir saudade.
No orfanato com tantos outros iguais viveu.
Não chorar jamais jurou a si, não a um possível deus,
Aprendendo a engolir vidro, sapos e fogo,
sua inexistente infância foi passando.
Nas ruas a arte da sobrevivência aprendeu.
Hoje, Elias é o grande profeta louco.
Triste, só, da irrealidade se afastando,
perto chegando do mundo que um dia foi meu
sexta-feira, 9 de abril de 2010
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