Nós que ainda tentamos descobrir
a origem dos monolitos negros.
Povo errante perdido dentro de si,
alcançamos, enfim, a fronteira final.
E lá chegando, surpresa atroz,
não havia nenhum deus esperando,
somente o vazio a dar boas vindas.
Onde tempo e espaço se tocam
onde não quisemos jamais estar.
Somente a solidão por companhia
ofereceu-nos a escuridão.
Não mais temos a pérola azul.
Nós a destruímos na partida
e a estupidez por fim nos matou.
10.01.2010